Setembro é conhecido como o Mês Amarelo, um período dedicado à conscientização sobre o suicídio e à promoção da saúde mental. A origem desta importante campanha remonta a uma triste história nos Estados Unidos, na qual um homem que sofria de depressão tinha um desejo inusitado: possuir um carro da cor amarela. Infelizmente, essa história terminou de maneira trágica, com o indivíduo tirando a própria vida dentro do veículo amarelo que tanto desejava. É a partir dessa tragédia que nasce o “Setembro Amarelo”, um movimento que busca prevenir o suicídio e oferecer apoio a quem enfrenta problemas de saúde mental.
Neste contexto, a conscientização ganha vida de maneira ainda mais significativa quando direcionada às crianças. No Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), os grupos Arco Íris, Alegria e Estrelinha vêm desempenhando um papel fundamental na educação e no apoio emocional a crianças com idades entre 03 e 11 anos. Atualmente, aproximadamente 60 crianças participam ativamente desses grupos, onde encontram um ambiente seguro e acolhedor para crescerem emocionalmente saudáveis.
As orientadoras sociais, Leidiane Marques e Kalila, lideram um projeto exemplar dentro do SCFV, orientadas pela dedicada Técnica de Referência, Mônica Carvalho, no âmbito do Eixo “Eu comigo”. Este projeto vai além da educação tradicional e se concentra no bem-estar emocional das crianças, ensinando-as a lidar com suas emoções, a compreender a importância de falar sobre seus sentimentos e a cultivar relacionamentos saudáveis.
Durante o mês de setembro, as atividades dentro do SCFV ganham uma dimensão especial. A equipe dedica tempo e recursos para abordar o Setembro Amarelo, utilizando abordagens sensíveis e apropriadas para a idade das crianças. Essas atividades não apenas aumentam a conscientização sobre a importância de cuidar da saúde mental, mas também proporcionam um espaço para que as crianças expressem seus pensamentos e sentimentos.
As crianças são incentivadas a refletir sobre emoções como tristeza, raiva e medo, aprendendo que é normal sentir essas emoções, mas também compreendendo como lidar com elas de maneira saudável. Além disso, são introduzidas de forma adequada a conceitos relacionados ao Setembro Amarelo, como solidariedade, compreensão e apoio aos outros.
O projeto liderado por Leidiane Marques e Kalila, com a orientação de Mônica Carvalho, dentro do Eixo “Eu comigo”, tem se mostrado essencial para o desenvolvimento emocional das crianças no SCFV. Ao abordar o Setembro Amarelo, eles não apenas contribuem para a prevenção do suicídio, mas também promovem uma cultura de cuidado e apoio mútuo desde tenra idade.
No final do dia, o Setembro Amarelo no SCFV é uma poderosa demonstração de como a conscientização sobre a saúde mental pode começar cedo, moldando não apenas o presente, mas também o futuro das crianças. À medida que essas crianças crescem, elas levarão consigo as lições aprendidas, tornando-se adultos mais empáticos e conscientes, prontos para apoiar uns aos outros em suas jornadas emocionais.